sexta-feira, 17 de outubro de 2014

"Não fique triste porque acabou, fique feliz porque aconteceu"

Durante muito tempo na minha vida fiquei esperando por aquele momento que ligaria tudo, que mostraria que dali em diante tudo daria certo e faria sentido. Deixei muitos bons acontecimentos de lado por acreditar que eles não valeriam a pena se não mudassem minha vida por completo.
Depois de 28 de fevereiro de 2014, que foi o dia que tive como definição para a frase "está tudo bem", foi que percebi que a vida é mesmo feita de altos e baixos e deveria ser aceita assim.
Em 28 de fevereiro o livro que eu estava escrevendo encaminhava-se para o fim sem interrupções criativas, eu já pensava na próxima história que escreveria depois, estava num relacionamento estável com quem achava que iria me casar e estudava todos os dias para um concurso público e, segundo me lembro, estava aprendendo bem. Analisando aquele dia, percebi que aquele momento seria um marco, seria a definição do que eu procurava. Mas o que garantia que tudo não desmoronaria novamente? Nada.
Levei mais dois meses para terminar meu livro por conta de bloqueios indesejados e até hoje ele não foi publicado. A história nova que pensei em começar está sendo escrita de forma tão vagarosa que atualmente acredito que eu se quer vá terminar. O relacionamento também levou dois meses para chegar ao fim e, quanto a prova que eu iria fazer, adoeci e não pude ir porque, além disso, choveu o dia todo. Tudo o que estava bem em 28 de fevereiro hoje são apenas lembranças. Mas não descarto aquele dia como fiz com tantos outros.
Tive meus chamados "dias perfeitos" ao longo da vida, onde tudo estava bem e nada dava errado, mas ao mais simples sinal de desandamento descartava aquela determinada data como algo bom em minha vida, mesmo depois do fim de suas 24 horas. Achava que momentos assim deveriam vir para ficar. Hoje aprendi que eles ficam, mas guardados na memória, e se eles fossem tão duradouros quanto desejados qual a finalidade deles? Momentos especiais duram pouco, mas são nossas decisões que os tornam eternos, e se eles acabam é para que possam dar espaço aos outros que estão por vir.

Daniella Cartwright, 13 de outubro de 2014

sábado, 4 de outubro de 2014

Casa Nova

Texto número 6 de Paraíso dos Sonhos, escrito em 7 de novembro de 2006.

Quando finalmente me mudei, ou seja, troquei de casa, tinha uma daquelas festas chatas de adultos. Pelo menos meus amigos estariam lá. Encontrei a Denize, o Carlinhos, a Analia, a Hannah e a Abigail [Breslin] lá na casa onde aconteceu a festinha. Tava super chata! De repente chegou um homem muito estranho. Ele chamou a Denize e eu pra passear no carro dele. Como a gente é doida a gente foi!
No meio da estrada eu e a Denize não aguentamos o papo chato daquele cara, empurramos ele para fora do carro e fomos dirigindo direto para casa levado os meninos. Logo perto da ladeira enorme que tem próximo ao prédio vimos umas bicicletas. Subimos cansativamente aquela coisa enorme com elas. Chegamos e a Abby subiu em disparada e chegou lá. Ligamos a TV para assistir Os Simpsons, mas ninguém sabia qual era o canal da Fox.