quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Como assim o Michael morreu??

Primeiramente, Michael J. Fox não morreu!! E esse post não é direcionado ao Michael Jackson! ¬¬

12-16 de outubro de 2008*


O Michael J. Fox é o meu ator favorito, eu o amo muito, não existem palavras para explicar o que eu sinto por ele. Quando eu sei de notícias sobre ele fico feliz, mas hoje, meu mundo desabou! Era por volta das 17:00, eu estava estudando para a prova de biologia, quando a minha mãe largou o computador. Sempre que ela sai por alguns minutos eu vou lá dar uma olhadinha em alguma coisa. Eu digitei o nome do filho do Michael no google e lá em baixo da página estava escrito que o Mike tinha sido internado, aí eu fui atrás de saber! Na "notícia" falava que ele tinha morrido, não aguentei ler o resto... Meu estômago começou a embrulhar e tudo ficou girando. Eu tentei não acreditar, mas ele tá doente a tanto tempo que eu já acho até milagre (ele estar vivo). Só bastou ver a palavra "morre", que eu saí correndo sem saber aonde ir. Eu estava tão desorientada que mal conseguia falar. A Amanda (minha amiga) foi a primeira pessoa que encontrei. Ele entendeu logo o que eu quis dizer com "O Michael... O Michael..."
Daí fomos lá na Bia (outra amiga nossa) e ela me deu um copo d'água. A Amanda tinha que sair e a Bia chamou o Renan (mais um amigo) na janela da casa dele. A mãe dele estava fazendo as unhas e eu pedi para beber a acetona, mas é claro que ela não deixou. Aí minha mãe chegou onde eu estava. Ela queria me levar pra casa, mas eu estava apavorada demais para voltar! O Renan falou que ia procurar na Internet, então eu pirei! Saí em disparada e encontrei meu pai, que disse que era pra eu ver melhor (a notícia). Era mentira, a data era primeiro de abril! ¬¬


*este texto foi escrito por mim aos 14 anos

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Saga de 20 de Agosto

Eu mal podia esperar! Assim que acordei naquele sábado, o que eu mais queria era assistir à maratona de Três Espiãs de Mais no Jetix (antiga Fox Kids, agora Disney XD), mas como a minha casa estava em reforma, precisaram desligar a energia. Foi assim que começou "A Saga de 20 de Agosto de 2005"!
Eu tinha 11 anos, passei aquelas horas olhando pro relógio e me perguntando quanto tempo levaria para decidirem ligar a energia novamente. Quando finalmente me avisaram que a energia estava de volta, parei de chorar e liguei a TV, para descobrir que, naquele exato momento, o meu programa havia acabado! ¬¬
As desventuras em série não pararam por aí, a tarde eu tinha combinado de ir no cinema com minhas amigas (que tinham 10 e 9 anos na época, que bonitinhaasss *-*), elas foram até a minha casa para combinar nossas roupas. Não lembro que roupas elas usaram, mas eu fui com o vestido cor-de-rosa de borboleta que tinha usado no Réveillon. Resolvi enrolar o cabelo e amarrar dos dois lados.
Quando finalmente ia me arrumar, cheguei no quarto onde eu estava "morando", já que o restante da casa estava sendo reformado, e encontrei meu pai combinando a cor da tinta das paredes com o cara que ia pintar. "Será que vai demorar muito?" perguntei, e ele disse que não. Mas demorou! Demorou muito! E eu fiquei plantada no pé da porta por uma meia hora.
Eu queria que aquele fosse um dia perfeito, eu iria finalmente assistir A Fantástica Fábrica de Chocolate, com o meu, então amado, Johnny Depp! Sabe quanto tempo eu havia esperado pra isso? Cerca de uma semana, já que eu me "apaixonei" pelo Johnny dia 14, mais ou menos e decidi ver o filme algum tempo depois... Mas já fazia quase um mês que estava de cartaz, eu precisava ver! Mas acabamos chegando lá cedo de mais e ainda faltava mais de uma hora pro começo do filme. Não nos deixaram entrar e tivemos que esperar do lado de fora. Uma hora depois, as portas finalmente se abriram e entramos na sala do cinema. Depois de meia hora e uma infinidade de trailers (incluindo o de A Noiva Cadáver, que eu vi em 30 de novembro do mesmo ano), o filme começou. As luzes se apagaram e eu não via a hora de ver meu lindo Johnny Depp! *-* Mas antes disso, uma surpresa... O filme era legendado!
Eu não gostava de ler! Eu tinha 11 anos, era muito lerda com legendas! Me frustrei! "Como ninguém me avisou que isso seria legendado?" Comecei a chorar no meio de todo mundo enquanto uma das minhas amigas tentava me acalmar e a outra lia a legenda em voz alta pra mim. Claro que a Hannah, a mais escandalosa de todas, ameaçou ir lá fora e reclamar os ingressos que nos venderam.
Muito tempo depois, quando me calei e as meninas que estavam atrás de nós pararam de reclamar do barulho que fazíamos, me conformei e vi o restante do filme, mesmo sem entender mais nada. Pra começar, eu achava que o cara que mandou o Willy Wonka fazer o castelo de chocolate fosse o pai dele ¬¬
e eu só percebi que quele era um remake de um filme que eu já havia visto anos antes quando a Violet se transformou em amora.
Tudo bem, chega de desventuras por hoje... NÃO!
Depois dessas frustrações fomos brincar para nos distrair...
Queria ir numas camas elásticas coloridas, mas precisava tirar os sapatos. Eu usava uma bota All Star cujo o cadarço ia quasse até o joelho! Eu nunca conseguiria tirar aquilo sozinha e depois calçar de novo!
Hannah começou a gritar porque a mulher que trabalhava lá não queria ajudar, e segundo ela, a moça tinha obrigação de tirar os meus sapatos. Eu sentei num escorrega arredondado e ela desamarrou o meu sapato. Puxou até eu cair de costas no escorrega e me machucar feio! E a Hannah, claro, sempre reclamando... Mas tudo bem, ignorei a dor para poder brincar, e na hora de calçar o sapato novamente, mais uma batalha!
Mas, quando cheguei em casa, tudo isso acabou... Não, não acabou não... Me obrigaram a dançar Raindrops keep falling on my head com uma coreografiazinha que eu mesma tinha criado na frente de um monte de gente! E desde então, todos os anos, dia 20 de agosto me assusta!

domingo, 19 de agosto de 2012

Todos sucumbimos às ideias da sociedade

Eu não mudei. Pra dizer a verdade, entre os meus amigos, eu sou a única que continua como sempre. Foram as pessoas a minha volta que mudaram, e eu resolvi não mudar com elas. Vivo sobre o nome de Criança Atemporal, uma criança que não muda com o tempo. Já houve dias em que eu quis, desesperadamente, voltar para onde as coisas faziam sentido. Tudo era como deveria ser. Aqueles anos que se foram, aqueles dias que passaram...
Sou a menina dos anos 90, que veio parar aqui, por algum motivo. Não adianta querer saber qual, se eu não posso mais voltar.
Quando eu era pequena, o meu jeito de ser fazia jus ao meu tamanho. Eu tinha uma imaginação fértil e podia pô-la para funcionar. Eu era livre para ser quem era, e não havia ninguém que ousasse me criticar. Crianças são assim... Elas são assim mesmo...
Mas conforme eu cresci, a sociedade exigiu que eu mudasse. Exigiram que eu me interessasse por meninos, e que não achasse beijo nojento. Exigiram que eu parasse de brincar de boneca e deixasse minha criatividade de lado. Eles queriam que eu fosse como eles, cascas vazias e sem vida. Eu não podia deixar que me tomassem a minha vida. Mas eles me perseguiram, eles me encurralaram e procuravam novas maneiras de me frustrar.
A sociedade não desistiu, até tirar de mim todo o meu entusiasmo e alegria. E eu era como eles, uma casca vazia.
Não se importando com como eu iria me sentir depois de tudo isso, eles foram além do que previram. Todos  sucumbiram tão rapidamente, que era isso que eles esperavam de mim. Mas, ao ver que eu não me entregaria facilmente, viraram-se contra mim. Me atiravam pedras em forma de palavras. Me criticavam para que eu me tornasse um deles.
A menina cheia de vida, que não mudou nadinha, virara a maluca desvairada que não quer crescer. A criança imaginativa e alegre, de quem todos gostavam, era agora, um ser incomum entre todos aqueles iguais. E ela foi-se embora, para que aqueles não pudessem feri-la mais.
Por isso, agora, não me procurem, não esperem que eu seja uma criança vivida. Sou mais uma, igual a vocês, uma adulta frustrada pela vida. Nunca diga que eu mudei, quando você não é mais o mesmo. Dou parabéns a vocês, por terem conseguido mais uma alma renegada pela paz.