quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Não foi um sonho

12 de outubro de 2011

"'Então foi só um sonho?" disse ao despertar, com aquela sensação de alívio de quem acabara de ter um pesadelo. Mas, para minha surpresa, as palavras escritas na agenda ainda estavam lá. Não foi um sonho. "Vá para o outro quarto, a Eliane vai limpar" disse minha mãe "e leve o Woody" "Não, deixa ele aí!" "Não quer mais ele? Pode me dar então!"
Como eu poderia querer? O Woody era o que mais me fazia lembrar da noite anterior.
Eu ainda estava um pouco tonta, mal conseguia ver direito. Fui cambaleando até o quarto dos meus pais, deitei na cama e comecei a refazer mentalmente todos os meus passos da noite de ontem.
Atordoada com o que acabara de ler, corri até a sala, sentei no sofá e olhei para o nada. "O que foi?" minha mãe perguntou. Não respondi. Voltei, e olhando fixamente para a tela do computador, reli o que estava na página. "Não, não pode ser!" gritei. Girei a cadeira, bruscamente. "Como eu nunca notei??"
Quando o Bussunda morreu, o Mauro Ramos o substituiu nas dublagens de Shrek no Brasil, isso todo mundo sabe! Mas será que alguém já notou que em Toy Story 2 e 3, o Woody não tem a mesma voz do primeiro filme? Eu também não. Nunca soube. Nunca notei. O primeiro dublador do meu caubói morreu em 1997, num acidente de carro em 24 de maio. O atual dublador, e dono da voz que está no meu brinquedo, o substituiu. Eu nunca percebi.
Sempre me perguntei o que aconteceria se o dublador do Woody morresse e fosse lançado um outro filme. Mal sabia eu que isso já acontecera. Fiquei horrorizada! Chocada! Desiludida! Se eu gostava tanto dele, por quê não notei? As crianças percebem essas coisas. Eu não. Percebi em um milhão de filmes, mas não no que eu mais gostava.
Descanse em paz, Alexandre Lippiani. Desculpe se eu pensei que a sua voz era a de outra pessoa."

dá pra acreditar q jah vai fazer um ano?? :O

terça-feira, 18 de setembro de 2012

No que pensa

4 de setembro de 2011

"Enquanto escuto a professora de Redação falar, mal consigo assimilar as palavras que ela diz. Algo sobre um trabalho, que eu esquecerei assim que o sino tocar. "No que pensa?", pergunta a minha consciência. Várias coisas me ocorrem agora, como passar de ano é uma delas. Mas, estranhamente, não me desespero tanto quanto antes, pois esse não é o maior problema que enfrento. Segundo a mim, ter dois twitters é pior, e fazer o quinto facebook em dois anos é atormentador. Mesmo que eu conte o motivo em detalhes, não irá adiantar. Só entrando em meus pensamentos para realmente saber o que eu passei. Tive vontade de sumir. Deletar meus perfis foi mais fácil. Foi o que fiz. Mas, e agora, como continuar sã?"

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Domingo, 4 de setembro de 2011

4 de setembro de 2011

"Acordei com meus pais gritando pra eu levantar logo pra gente poder ir pra Beira Mar. Merendei, fiz uma horinha na TV assistindo Click, descobri que tava passando Cegos, Surdos e Loucos desde as 9 horas. Enlouqueci por ter perdido. Tomei banho e me arrumei o mais rápido que pude,mas mesmo assim me atrasei. Entrei no carro com meu pai gritando, demos carona a uns vizinhos... Fiquei escutando músicas no fone de ouvido pensando no quanto eu sou idiota. Fui visitar o jardim japonês e torrei no sol. Caminhei demais, fiquei irritada. Fui almoçar, coloquei comida demais no prato e não comi tudo. Pais brigaram. Minha mãe ficou "me jogando" pro filho do dono do restaurante. Eu disse que não queria ele porque ele era gordo. Voltei pra casa, li Alice, pensei mais um pouco no quanto eu sou idiota, comi chocolate, me recusei a dar um pedaço pra minha mãe, mas acabei dando. Comecei a fazer minha tarefa de biologia, mas fiquei procurando motivos pra não fazer. Desisti na 8ª questão. Fui ver TV. Assisti dois programas sobre saúde emocional ao mesmo tempo. Vi Ratatouille pela 2ª vez e achei melhor que da primeira. Vi o começo de Marley e Eu, mas desliguei a TV. Fiquei feliz por não ouvir a voz do dublador do Woody o dia inteiro. Voltei pro quarto, olhei pro livro e procurei algo mais interessante pra fazer. Pensei em arrumar minha bolsa, mas ia precisar do caderno. Rabisquei meu guarda-roupa com corretivo. Fui tomar banho. Minha mãe fez ovos cozidos. Fiquei escrevendo a história da minha vida no celular, Comi ovos frios. Assisti o começo do quadro sobre o 11 de setembro no Fantástico, Vi um documentário sobre o 11 de setembro no Discovery Channel. Pensei em como aquelas pessoas deviam estar aflitas naquele dia. Ouvi tiros, me abaixei, vi três viaturas dentro do meu condomínio. Meus pais gritaram. Me desesperei. Corri pra contar tudo no twitter. Vi fotos da Carla Diaz e fui procurar como todo o elenco de Chiquititas tá agora. Minha mãe me expulsou do PC porque já era tarde. Vi o final do quadro sobre o 11 de setembro no Fantástico. Fui dormir."

Wonka vs. Wonka

20 de junho de 2011


"Hoje é segunda-feira. Não tô com muita vontade de escrever em inglês, ninguém vai ler mesmo. Tô aqui na escola, é meu último dia de aula. Amanhã vai ter prova! ¬¬ Mas dia 29 fico de férias. Enfim... Falando de coisas mongóis e idiotas das quais ninguém se importa... Eu gosto dos dois Willy Wonka. É que no fim de semana eu vi um vídeo que falava da comparação entre os dois filmes, o de 1971 e o de 2005. E o cara que fez o vídeo disse que, a única coisa em que o novo filme foi melhor que o antigo, foi o cenário. Mas fala sério! Nunquinha né! O Freddie Highmore é bem melhor que o Peter Ostrum e não é dublado por uma mulher (não que isso importasse muito no vídeo,já que o cara falava inglês). Só a título de curiosidade, o primeiro Charlie Bucket foi dublado pela Nair Amorim e o segundo pelo Luciano Monteiro. Enfim... As outras crianças são bem mais bem vestidas, arrumadinhas. A Veruca Salt tem cachinhos e não um cabelo assanhado. Admito que o Wonka do Johnny ficou meio estranho, mas o filme tem muito mais história! Eles estão é revoltados por causa do remake, e eu entendo. Também ia detestar se refilmassem um clássico da minha infância (ou De Volta para o Futuro Oo NUNCA! PLZ!). Não sou a favor de remakes, mas desse eu gostei, e tinha assistido o primeiro antes. Essa guerra entre novo e velho nunca vai acabar, mas eles vão fazer o quê, o filme já tá feito, e teve até muito sucesso. O que eu achei interessante foi que ambas, minha mãe e eu, tínhamos 11 anos nos lançamentos dos filmes, só que Willy Wonka and the Chocolate Factory não significa pra ela, o que Charlie and the Chocolate Factory significa pra mim. Entre Gene Wilder e Johnny Depp, eu prefiro o Johnny, logo, fico do lado do Wonka dele, mas gosto dos dois. O problema é que eles tem que ver que o filme de 1971 não era muito agradável para as crianças de hoje, e certos filmes MERECEM remakes!"

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

11 anos (texto escrito em 2010)

Há 11 anos, eu ia para a escola a pé, brincava de esconde-esconde, jogo-ajuda e pega-pega, e ainda tinha todos os meus dentes de leite.
Há 11 anos, eu não sabia nem ler, nem escrever direito, a Eliana apresentava o Bom dia e Cia, e Bananas de Pijamas passava no sábado bem cedinho.
Há 11 anos, eu assistia Disney Club, acordava cedo no fim de semana só para brincar e detestava ganhar roupas de presente.
Há 11 anos, as Torres Gêmeas ainda estavam de pé, todo mundo tinha medo do Bug do Milênio e a voz do Cid Moreira me assustava.
Há 11 anos, eu não sabia onde os EUA ficava, não me importava de andar com roupa rasgada e tinha o sonho de chupar um Poosh Pop.
11 anos é muito tempo! É uma vida! E foi o tempo que eu esperei para ver...